Friday, January 20, 2006

Futuro que se esvai

Quem é o ladrão, que tal um cão, vem roubar o meu futuro? Com que direito tal sujeito chega e leva o meu porvir? Não terei eu, por certo, merecimento aos dias certos, quem garantirá meus amanhãs? Viverei como um trôpego a cada hoje, sem saber se este hoje é tudo o que me resta a viver.

Não entreguei meu destinos a ninguém, não confiei a minha história pra ser escrita por um bedel que se diz senhor do mundo. Quem lhe deu procuração de chefiar os destinos do planeta? Meu senhor não és, nunca fostes e não serás. Não sufraguei o teu nome, não elegi o teu partido, não proclamei tua vitória, não é minha tua glória.

Quem és tu que ignoras as fronteiras? Qual foi o deus que te concedeu esse poder? Meu deus não és, não reconheço em ti a divindade, nem mesmo sei se mereces a menor humanidade. Eu rogo aos céus, que de ti nos proteja, nos defenda e nos guarde, para sempre, amém.
(originalmente publicado no domrs.weblog.com.pt)

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