Tuesday, January 10, 2006

Escrevendo bem cedo

Amanheço escrevendo, não por alguma saudade repentina que a noite fez aumentar. Tento fugir do clima de verão. O dia que amanhece magistral. Um céu de anil imaculadamente azulado, nem sinal de nuvens. O sol já começa a brilhar, levanta a cortina no horizonte e remete seus primeiros raios para a terra. Eu pressinto um dia muito quente. A metereologia confirma minha suspeita, e avisa que vem lá 40 graus celsius.

A essa hora o clima é agradável, uma aragem matutina varre a cidade abandonada. Os moradores daqui, como pássaros migrantes, mudam-se com a chegada do verão. Eles sabem bem como são os calores dessa cidade. Fogem em bando. Migram para o litoral. Estão certos, não lhes tiro a razão, há poucas formas de evitar o calor, você está nas mãos da tecnologia.

É preciso condicionar o ar. É uma possibilidade. Para isso é preciso abrir mão da liberdade, optar por viver preso, não há como condicionar o ar em liberdade. O ar preso é sufocante. Eles fazem bem em migrar. Não tenho pousada para migrar, sou obrigado a ficar, não consigo ficar preso, tenho que enfrentar o calor. São opções, preços que se paga por elas.

São as estações, mutáveis, o tempo amanhã se encarregará de trazer outros ares. Ai, então, reclamaremos do frio. São os ciclos eternos da vida.

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